Recebemos na nossa Biblioteca o escritor Xico Braga. Os alunos leram alguns poemas feitos por eles e foi muito divertido!
Fica aqui um pouco dessa escrita mágica...
“A Maré
Sou a água com que contam os pescadores para pescar
Sou a água em que nadam os peixes que vão chegar
Sou a água em que partem os barcos que vão para o mar
Sou a água que não há quando estou na baixa-mar
Sou a água em que mergulhas quando é a preia-mar
Sou a conversa com a lua num falar de tu e eu
Eu navego cá na terra, a lua lá pelo céu.
Sou ditado popular, um dos saberes primeiros
Pois a verdade é que há mais marés que marinheiros.”
“A abelha distraída
Os campos partiam da minha aldeia e terminavam, de um lado, num pinhal grande, do outro, um pouco mais distante, nos montes em cujas encostas havia muitas colmeias. Era famoso o mel, com um delicioso aroma a alecrim, que as abelhas ali fabricavam em cada Primavera florida. Na colmeia mais à esquerda – não me perguntem como o sei, pois não me é permitido revelá-lo – nasceu, numa manhã demasiado fresca para a época, uma abelha diferente das outras todas, …”
Gostámos tanto que esperamos em breve outra visita do escritor!